Um apelo, muitas formas de ajudar…
Não será preciso adiantarmos muitos pormenores sobre a tragédia provocada pelo sismo registado no Haiti, na semana passada. Os relatos e as imagens em directo já fizeram com esse acontecimento seja parte da nossa própria história, sendo difícil a qualquer um de nós ficar-lhe indiferente.
Além da capital, Port-au-Prince, o abalo deixou outras três cidades haitianas completamente destruídas e muitas outras com danos graves. As fontes noticiosas falam em cerca de 200 mil mortos e quase dois milhões de feridos e desalojados. No final da primeira reunião internacional de avaliação dos estragos, foi divulgado que a reconstrução do Haiti poderá custar sete mil milhões de euros e demorará cinco anos.
Entretanto, centenas de voluntários de diversas entidades públicas e privadas, algumas portuguesas, estão no terreno a prestar auxílio às vítimas e começam a chegar os primeiros carregamentos aéreos de ajuda humanitária, sobretudo roupas, produtos de higiene, medicamentos, produtos alimentares e água. Mas este apoio é ainda muito limitado para as necessidades de um País que era já dos mais pobres do mundo e que está agora semi-destruído.
O financiamento para a reconstrução do país está a ser discutido por um comité internacional, que engloba a ONU, Estados Unidos, União Europeia, Canadá, Brasil e México. A União Europeia já revelou que vai enviar ajudas no valor de 200 milhões de euros, com Portugal a assumir a comparticipação de 1 milhão. Mas toda a ajuda será pouca e nunca é demais lembrar que uma migalha de cada um de nós poderá ser importante para matar a fome a uma das vítimas dessa catástrofe.
Assim, nesta edição publicamos o apelo da Cáritas Portuguesa, a que a nossa estrutura diocesana se associou, mas damos nota de outras formas concretas de concretizar essa ajuda.
Cáritas lança campanha
A Cáritas Portuguesa lançou já uma campanha de solidariedade, disponibilizando de imediato alguns milhares de euros à Cáritas do Haiti e espera, a par das anteriores campanhas realizadas pela nossa instituição, que o nosso povo dê uma resposta ampla, generosa e inequívoca nesta hora de dor dos irmãos que vivem naquele país do Caribe. Somos cristãos. É porque fazemos da nossa crença uma religião viva que vamos mostrar, uma vez mais, que a nossa solidariedade é real. O donativo pode ser feito em transferência para o NIB 003506970063000753053.
UNICEF
A resposta da UNICEF, em coordenação com outras agências das Nações Unidas, a Cruz Vermelha Internacional e o Crescente Vermelho, destina-se prioritariamente às crianças e mulheres, que são a camada da população mais vulnerável em tempos de crise. Perto de 50 por cento dos 10 milhões de habitantes do Haiti são crianças com menos de 18 anos. Apesar de já ter disponibilizado alguns milhões de euros, a agência diz que é urgente mais financiamento, artigos médicos e de saúde, kits familiares para abrigo, e fornecimentos para o sector de água e saneamento. Os donativos podem ser efectuados em www.unicef.pt, por transferência para o NIB 003500970000199613031, ou nas caixas Multibanco (Transferências > Ser Solidário > UNICEF). Para o comprovativo para efeitos fiscais, seleccionar a opção "Factura" e introduzir o número de contribuinte.
FAIS
A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (FAIS) avançou também com ajuda de emergência, após contacto com os bispos e o núncio apostólico no Haiti. A secção portuguesa lançou uma campanha, lembrando que "a Igreja Católica não deixará de entrar imediatamente em acção, através das suas instituições de caridade, indo ao encontro das carências mais prioritárias da população". Os donativos podem ser feitos no site www.fundacao-ais.pt ou por transferência bancária para o NIB 003201090020002916073.
Cruz Vermelha
A Cruz Vermelha Portuguesa enviou de imediato 250 mil euros para as operações humanitárias que estão a ser conduzidas pela Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha/Crescente Vermelho, que no dia 16 tinham já disponibilizado cerca de 400 trabalhadores e um total de 73 milhões de euros, para socorrer as necessidades de 300.000 pessoas (60.000 famílias) durante um período de três anos. Os donativos podem ser feitos nas caixas Multibanco ou por netbanking (Transferências > Ser Solidário > Cruz Vermelha, ou Pagamento de serviços > entidade 20999 > referência 999 999 999). Seleccionar opção de factura para obter logo o comprovativo de donativo para efeitos fiscais. No caso de transferência, são vários os NIB:
003300004530761069105
003500270008240223053
001000003631911000174
000700000014968739423
003600879910005371651
003201170020102246475
003800570062952077172.
Oikos
A Oikos disponibilizou também fundos próprios para o arranque da missão no Haiti, que será liderada por Sandra Lopes, de nacionalidade portuguesa, coordenadora da delegação da Oikos em Cuba. A sua resposta estende-se por três fases, passando pela ajuda na emergência, reabilitação e apoio ao desenvolvimento. Em situações humanitárias como estas características a Oikos privilegia o apoio a nível de água e saneamento, abrigo temporário e alimentação. Os fundos podem ser enviados por transferência para o NIB 003503550002952963085.
PT e TMN
A Campanha de Solidariedade PT arrancou no dia 15: cada chamada realizada para o 760 206 206 apresenta o valor de 60 cêntimos (+IVA), que reverterá a favor da AMI, da Cruz Vermelha e dos Médicos do Mundo, presentes no Haiti. Dada a adesão de cerca de 80 mil portugueses, a TMN passou a disponibilizar também a possibilidade de abraçar esta causa através do simples envio de SMS. Basta enviar para o número 61906, em que cada SMS enviada apresenta o valor de 60 cêntimos (+ IVA), que reverterá a favor da AMI.