quinta-feira, 29 de maio de 2008

Coitado do Manjerico

Deixaste saudades gatinho!
O teu olhar era mesmo engraçado,
Eras muito brincalhão,
Pelos teus donos acarinhado.

Era a companhia da ti Maria
Tinha todo o cuidado de o tratar,
Como ainda não tinha nome
Ela pensou em o baptizar.

Tantos nomes foram escolhidos
Pôs-lhe o nome preferido
Foi o nome que gostou
No seu coração tem algo sentido.

Ao Manjerico só faltava falar
Tinha um tino, tudo compreendia
O que via fazer chamava a atenção
Para vermos o que fazia.

Coitado do pobre gato
Os dias estavam contados
Já andava um pouco triste
Parecia desanimado.

Quando vinha bater à porta
Para encher o estomaguito,
A dona já tinha o jantar
Pobre gato, coitadito.

Estava a atravessar a estrada,
Coitado não teve sorte,
Perto da minha casa
Um carro trouxe-lhe a morte.

Coitado do pobre Manjerico
A todos deixa saudades,
A ti Maria ficou triste
É azar, não foi maldades.

A ti Maria pensa no seu gatinho
Mas já não há nada a fazer,
Esqueça essas mágoas
Ainda alguém a vem surpreender.

Cremilde Monteiro

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