terça-feira, 20 de agosto de 2013

Golpilheira vence ao Benfica e ganha amigos

1.º aniversário da Casa do Benfica da Batalha


Sport Saudade e Benfica – 0
CR Golpilheira – 2
A equipa de veteranos do Centro Recreativo da Golpilheira foi convidada a participar no 1.º aniversário da Casa do Benfica da Batalha (CBB), através do seu presidente, António Caseiro. Tratava-se de um jogo com a equipa de veteranos Sport Saudade e Benfica, no dia 17 de Agosto. Com todo o gosto aceitou, pois não é todos os dias que se tem a possibilidade de defrontar antigas glórias do Benfica.
A nossa equipa não tem muitos anos, mas já teve oportunidade de defrontar algumas com jogadores que já militaram na primeira divisão nacional. Normalmente, são equipas com jogadores com uma determinada idade, mas todos eles “tratam a bola por tu”, como se diz na gíria.
O nosso treinador, Miguel, disse à equipa o que devia fazer. Não tentar jogar de igual para igual, mas proteger muito bem a área, para não deixar entrar o Benfica. Depois, colocar na frente dois jogadores rápidos que apanhassem a defesa adversária em contra-pé. Foi o que aconteceu. Aguentámos o jogo, com alguma sorte, até ao intervalo sem sofrer golos.
Na segunda parte, quanto mais o Benfica atacava, mais subiam os nossos índices de concentração e mais dificuldades lhes criávamos. Num rápido contra-ataque, o inevitável Tiago marcou o nosso primeiro golo. A partir deste momento, o Benfica subiu ainda mais no terreno. No entanto, uma soberba exibição do nosso guarda-redes Rui Fernandes, em particular, e dos defesas, em geral, bem como, aqui e ali, o poste, permitiram-nos levar a água ao nosso moinho. Noutro rápido contra-ataque, que colocou na frente os nossos avançados Daniel e Bruno, este, com um toque subtil, marcou um excelente golo. Estávamos já perto do final e a equipa adversária não conseguiu inverter o resultado. Justiça seja feita: por tudo aquilo que fizeram, mereciam pelo menos um golo. Ficará para um próximo encontro.

Mais importante: amizade
Sobre o jogo não vou escrever mais, porque há outras coisas muito mais importantes que ficaram.
Depois dos cumprimentos tradicionais destes jogos, encaminhámo-nos para o Restaurante Etnográfico do CRG, a fim de aconchegarmos o estômago com o merecido jantar. Neste jantar, para além dos componentes e directores das duas equipas, também estiveram presentes o presidente e o tesoureiro da CBB, António Caseiro e José Manuel Guerra, respectivamente, e o presidente do CRG, Belarmino Almeida. Este jantar serviu para conhecermos melhor os nossos visitantes, demonstrando todos eles enorme simpatia. Depois dos aperitivos, seguiu-se a sopa, acompanhada de bom vinho da região e outras bebidas ao gosto de cada um. E o diálogo não parava, para bem deste inesquecível encontro. Depois seguiu-se o já tradicional bacalhau “à Ti Júlia”, que todos apreciaram. Para terminar, foram os doces, café e bebidas espirituosas.
No final, os discursos da praxe e a troca de lembranças. Pela nossa equipa, falou o Carlos Agostinho, homem dos sete ofícios e que não se nega a nenhum. Começou por agradecer a presença a todos os visitantes. Quando recebemos alguém em nossa casa, procuramos recebê-los o melhor que podemos e sabemos, para assim criarmos novas amizades. Quem nos visita deve ficar sempre com a vontade de voltar e não esquecer que numa determinada altura estiveram numa pacata mas hospitaleira aldeia bem perto da Batalha, chamada Golpilheira. Procurámos dentro do campo cumprir com os Estatutos dos Veteranos, e aqui, no jantar, acompanhar os amigos num são convívio.
A troca de lembranças fez-se com uma antiga, mas conservada glória do Sport Lisboa e Benfica, o campeão europeu Artur Santos. Lá do alto dos seus 82 anos, tem a lucidez da importância destes encontros, convívios e do papel das Casas do Benfica. Antes de terminarmos este encontro, foi entregue pela CBB a cada um dos elementos das equipas do Benfica e da Golpilheira uma garrafa de vinho Real Batalha, da Adega Cooperativa da Batalha.
Ainda houve tempo para visitarmos as nossas instalações, que causaram boa impressão aos nossos convidados.
Mas o serão ainda não tinha acabado. Os nossos amigos do Benfica foram informados de que se estava a realizar uma festa em São Bento, para a qual estavam desde já convidados. Eles aceitaram o convite para beber um café da avó e tragar uma filhós. A visita foi rápida, porque o horário do motorista estava a esgotar-se. Fizeram-se as despedidas, com a promessa dum futuro encontro, lá para as bandas de Lisboa...


Manuel Carreira Rito

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