As vacinas são o meio mais seguro e eficaz de protecção contra certas doenças. É considerada uma das maiores vitórias da medicina. Em Portugal, após o primeiro ano de vacinação contra a poliomielite, os casos desta doença foram reduzidos de 292 para 13. Também foi graças à vacinação que a varíola foi erradicada mundialmente.
A vacina é um medicamento constituído por fracções de bactérias ou vírus, ou pelas próprias bactérias ou vírus inactivados ou mortos. Administra-se em injecção ou pela boca e, uma vez aplicadas, os vírus, bactérias ou as suas fracções provocam reacções no organismo, que levam à formação de defesas específicas, contra a infecção pelas mesmas bactérias ou vírus. A maior vantagem é o facto de impedir que a pessoa se infecte. Pode haver ocasiões em que a defesa não é total, mas se a infecção surgir, é muito ligeira. Este método de combate à doença, além da protecção pessoal, traz também benefícios para toda a comunidade, pois quando a maior parte da população está vacinada interrompe-se a transmissão da doença.
Apesar de seguras, as vacinas podem provocar algumas reacções adversas, mas estas são normalmente de curta duração. As mais frequentes são inchaço, dor e vermelhidão no local da injecção, febre e mal-estar geral. Procure informar-se junto do seu médico ou enfermeiro na altura em que está a ser administrada a vacina ou, ainda, se tiver alguma reacção intensa ou inesperada.
Não basta vacinar-se uma vez para ficar devidamente protegido. Em geral, é preciso receber várias doses da mesma vacina, para que esta seja eficaz. Outras vezes, é também necessário fazer doses de reforço, nalguns casos ao longo de toda a vida.
Sendo também importante na fase adulta, é na infância que a vacinação é fundamental. São administradas vacinas ao nascimento, ao segundo, terceiro, quarto e quinto meses, depois aos quinze e dezoito meses, aos 5-6 anos e aos 10-13 anos, sendo depois um reforço dado a cada 10 anos. Se o calendário for cumprido, aos 15 meses as crianças estarão protegidas contra dez doenças.
Se a criança não iniciou a vacinação durante o primeiro ano de vida, dirija-se o mais cedo possível a um Centro de Saúde. Nunca é tarde demais para se vacinar a si e aos seus filhos e existem dois calendários recomendados para a vacinação nestes casos.
A melhor forma de ficar protegido contra determinadas doenças é cumprir o calendário recomendado pelo Programa Nacional de Vacinação. As crianças são as principais destinatárias, mas também abrange os adultos. Para isto, basta dirigir-se ao seu Centro de Saúde e levar consigo o boletim de vacinas. Se, por qualquer motivo, não puder recorrer ao seu Centro, dirija-se àquele que estiver mais próximo da sua residência e, se não souber do seu boletim de vacinas, não deixe de comparecer, pois o enfermeiro saberá actuar devidamente.
É importante referir que as vacinas que fazem parte do programa nacional são totalmente gratuitas. Este plano é da responsabilidade do Ministério da Saúde e integra as vacinas consideradas mais importantes para defender a saúde da população portuguesa.
Ana Maria Henriques
Enfermeira
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