quinta-feira, 30 de agosto de 2007

EDITORIAL | Festejar

Os feriados são para festejar, cantava o Carlos Paião. Parece que já foram mais. Agora, prefere-se, talvez, o sofá da televisão, a esplanada da praia ou a espreguiçadeira da sesta. Serão, também, formas de festejar, mas perde-se aquele sentido comunitário que dá cor aos dias de festa e permite a partilha da alegria, da amizade e do sorriso.
As comemorações do feriado municipal da Batalha – que deveria ser feriado nacional, dada a importância do dia 14 de Agosto na história da independência nacional – não foram muito participadas pela população. E foi pena, pois houve verdadeiros para festejar.
A começar, a homenagem ao Beato Nuno Álvares Pereira e ao rei D. João I, heróis de Aljubarrota, aos quais se deve o que somos hoje como Pátria e, particularmente, o que somos como comunidade batalhense, nascida à volta do Mosteiro que ergueram. Meia dúzia de locais e umas dezenas de visitantes participaram e puderam festejar, aplaudindo, a notícia de um passo importantíssimo no processo de canonização de D. Nuno, com o reconhecimento pelo Vaticano da veracidade do milagre que lhe é atribuído.
Depois, a sessão solene no auditório, com a apresentação de uma importante obra de história regional e com o debate sobre a promoção turística do Mosteiro. Até pela recente eleição dos portugueses como uma das sete maravilhas nacionais, seria motivo de maior interesse da comunidade... e de festa.
Finalmente, as festas de Agosto, à volta deste feriado. Muitos aproveitaram os espectáculos, uns bons, outros mais ou menos. Milhares de pessoas apareceram, talvez um pouco mais do que no ano passado. Mas continua a faltar qualquer coisa para sentirmos o Concelho a festejar verdadeiramente. Talvez a boa-vontade dos mais cépticos.
De qualquer modo, festas não nos faltaram. Mais do que as palavras, que este tempo estival não convida a leituras prolongadas, apostámos nas imagens. Para mais tarde recordar.
Para quem ainda tiver férias e feriados, votos de bons festejos!

Sem comentários: